sábado, 24 de dezembro de 2011

Premiação e confraternização do CHCC foi uma festa...

Na noite do dia 23 de dezembro, na sede do Capão da Canoa Futebol Clube, Galpão Crioulo, o Clube de Handebol de Capão da Canoa, CHCC, multicampeão de handebol, fez sua festa de confraternização de final de ano com a presença das atletas e familiares. Ainda estiveram presentes autoridades do município e o prefeito Amauri Germano também se fez presente, na foto entregando certificado de honra ao mérito a atleta Nathália Wunsch. 
Foi uma festa muito emocionante, pois os professores e atletas fizeram as homenagens as atletas e treinadores, com a exibição de vídeos e fotos. Mas o que chamou a atenção foi a fala do presidente e proprietário da RádioHorizonte, Jairo Murliki bem como  da professora Celina quando fizeram muitos elogios ao trabalho que vem sendo executado pela administração municipal e ao prefeito Amauri. 
O prefeito Amauri, quando fez uso da palavra disse que estava emocionado, parabenizando a todos pelo trabalho apresentado e se comprometeu a aumentar o apoio ao CHCC, caso a Petrobrás venha a negar patrocínio ao Clube para o próximo ano, ainda, solicitou estudo de viabilidade para a continuação das categorias acima do cadete, que hoje é o ponto máximo onde o CHCC chega, qualquer atleta após esta idade tem que necessariamente se transferir para outra equipe ou abandonar o handebol. Sem dúvida grandes notícias que foram muito aplaudidas quando o prefeito Amauri as colocou para o público presente, demonstrando compromisso com a juventude e seriedade na administração do nosso município. Esperaremos ansiosos para que a prefeitura ajude ainda mais no projeto que é muito interessante para Capão da Canoa. Hoje a prefeitura apoia muito este projeto.
Ainda fica a mensagem dos professores que fizeram uma bela retrospectiva de 2011 e ao final o professor Regis Muniz falou uma frase muito interessante: ''o problema não é o crack ou as drogas, mas sim a ociosidade das crianças e o projeto CAE e o CHCC ocupam de forma sadia as cabeças das crianças". CAE= projeto Crescendo Através do Esporte desenvolvido pela equipe do CHCC.

Cabe a nós ainda refletir sobre quem ouvimos, admiramos e seguimos, pois cada dia vejo num grande jornal do RS um cara que muitos admiram, em sua coluna e opiniões num telejornal tendencioso ao no horário do almoço, que eu me recuso a ler e ouvir, pois na minha opinião só escreve e fala abobrinha, outro dia este mesmo cidadão, para não dizer um adjetivo, falando sobre Handebol, disse que não via fundamento nenhum neste esporte e que podia ser extinto, ora se não gosto de algum esporte não tenho o direito de dizer que ele deveria ser extinto pois alguém pode se completar com ele,  ao mesmo tempo que não gosta deste esporte  sadio e não violento, admira a idiotice do MMA e outros 'esportes' do gênero. Mas quem tem o microfone e  canhão da comunicação na mão são eles.
O melhor de tudo é ver este número expressivo de troféus na mesa e a criançada feliz da vida por ter conseguido isto lutando, batalhando, treinando duro e jogando forte dentro da quadra, ficando muitas vezes longe de suas casas, mas valendo a pena tanto sacrifício. Isto não tem preço, ver nos olhos dos nossos filhos a alegria e o orgulho de pertencer a este grupo, mesmo que muitas vezes se torne cansativo, a satisfação é muito grande. 
Que a cada ano este Clube evolua mais. Parabéns a todas por mais este ano de conquistas e principalmente temos que tirar o chapéu para os organizadores do clube e também aos treinadores Régis e Gerson Leal, que além de tudo, são os olhos dos pais nas excursões e locais de jogos por este Brasil a fora, sem contar que todas atletas os respeitam e ainda tem um enorme carinho por eles.

Que tenhamos todos e todas um Feliz e Abençoado Natal e um grande 2012.

Arilson Wunsch


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

País parou para ver Neymar (e o Santos?). Mundo viu o Barcelona!

Em quase todas reuniões sindicais que fazemos por estas plagas gaúchas, tratamos os trabalhadores como agentes iniciadores, promotores da discussão. Nem sempre se obtém o resultado esperado. É assim que devemos ver e insuflar nossos representantes sindicais, para desconfiem até mesmo da sombra, tão pouco devem achar que tudo o que está escrito é lei, ou é verdade, ou é fato acabado. Só a partir da desconfiança “saudável” é que conseguiremos obter as próprias respostas e poderemos tocar adiante nossas reuniões. Tanto da empresa, tanto das instituições representativas.

Lembro bem ainda, que num encontro de Formação em uma das regionais comentei com os representantes, que mesmo os informativos oriundos das instituições que possam representar as minorias pouco representadas ( partidos, sindicatos, associações, etc...) deveríamos ter um senso crítico ao apreciar e tocar prá frente um determinado texto, sempre buscando pesquisar o chegar ao seu próprio convencimento. Não engolir direto tudo o que nos chega às mãos

A partida de futebol do domingo último (Barcelona X Santos) se presta para isto. Avaliarmos se estamos corretos em nosso rumo sindical. Toda a imprensa escrita e falada deste país ditava e até mesmo convenceu a população, mesmo que não a maioria, que um homem só – Neymar - podia fazer o que o seu time, Santos não faria, e mais, Neymar sozinho venceria o Barcelona, sem contar que ele era melhor que o jogador argentino Messi. Achar-se melhor que os outros é o “Ó”.

Pois bem, o que se viu foi uma fiasqueira. 4 X 0. Fosse um time do interior, os jornais estariam estampando, “time tal é GOLEADO pelo time Y”. Mas o que se viu foi um silêncio da mídia, escrita e falada, buscando inclusive culpados em setores extracampo, como psicólogos, etc...

Costumamos achar que tudo que está escrito é verdade, e se quem escreve está coadunado com a sua verdade, acabamos comprando uma briga que não é nossa. Pior ainda, se Neymar sozinho representava o seu time, alguém de mão beijada consentiu e calou, omitiu-se. Ele foi lá e não fez o que deveria, mas daí já não era sua culpa - foi o Barça que extrapolou! Quem dizia que era o cara, omitiu-se! Tem sido assim na lide sindical (brasileira?).

Um vai lá escreve, edita, bota todo mundo no mesmo barco. Alguém escreveu, mas todos pagam com o nome da instituição sindical. No mundo sindical temos os Neymar da vida, fazem, acontecem, sozinhos diga-se de passagem, se der certo, foi ele. Se der errado foi o outro time que foi melhor. Se o outro time foi melhor, quem escreveu não foi suficientemente grande para pedir a colaboração dos colegas de time, e provavelmente na primeira oposição que se estabelecer, vai dizer que não é só ele que decide, atrás dele tem outras pessoas. O coletivo é melhor que o individual.

Um novo ano está iniciando. Vamos ser o Barcelona. Vamos convidar os Neymar da vida a fazer parte de um time, até porque, uma andorinha só não faz verão!

Quantos 'Neymares' temos na nossa política e quantos fazem parte do nosso dia a dia, nosso nosso círculo de amizades? Vale, e muito, esta reflexão...


Feliz Natal e Bom Ano Novo – com inteligência e visão crítica!

David Barros - SINDIÁGUA-RS

Por
Arilson Wunsch 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

4º Feira da Produção Artesanal - Prove Capão

Acontece nos dias 10 à 18 de dezembro de 2011, junto ao Ginásio de Esportes Otto Birlem, a exposição e comercialização das entidades de artesãos, pescadores, apicultores e da agricultura familiar no município.

O Prefeito de Capão da Canoa, Amauri Magnus Germano juntamente com o Secretário da Cidadania, Trabalho e Ação Comunitária, Daniel Schwanck, definiu a realização do PROVE CAPÃO, n mês de dezembro, dando o iniciou da temporada de veraneio 2011/2012, aonde a cidade estará realizando uma programação festiva natalina, frente a Casa de Cultura Érico Veríssimo, aonde está montada a Vila Encantada ,e a programação do de final de ano.

Conforme o secretário Daniel Schwanck, está será a 4ª edição do Prove Capão, uma realização da Administração Cidadã, consolidando uma mostra tipicamente local e dando oportunidade de geração de renda para os micros e pequenos empresários, pois oportuniza negócios e divulga o que Capão tem de melhor!

Prove Capão é uma feira onde a diversidade, e a qualidade da produção artesanal são os atores principais. Em um único ambiente as mais diversas formas de produção se encontram, mostrando a importância da Economia Solidária e estimulando uma perspectiva concreta de trabalho e renda. 

Qualidade e Criatividade se encontram no 4º Prove Capão: artesanato, decoração, têxtil, gastronomia típica e produtos caseiros derivados da agricultura familiar e de associações de pescadores e apicultores do município e da região.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

DOAR SANGUE É UM GESTO DE AMOR





Comemora-se em 25 de novembro o dia Nacional do Doador de Sangue. A data, criada em 1964 com o objetivo de valorizar a doação voluntária, é um ato simples e seguro, e pode salvar muitas vidas. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) o ideal seria que cerca de 3% da população doasse sangue, anualmente, para manter os estoques regularizados. No entanto, hoje o percentual de doadores brasileiros não passa de 1,7% ao ano.


O crescimento de doenças como leucemia, e câncer (pacientes quimioterápicos), além de queimaduras, cirurgias cardíacas e acidentes, tem demandado cada vez mais a necessidade de doadores de sangue.


Doar sangue é um gesto de amor ao próximo e à vida. É uma demonstração de solidariedade e também é um ato de bondade. O sangue humano é insubstituível, e somente pode ser obtido através de doação de um ser humano a outro. Essa necessidade nos torna iguais.


Toda a pessoa que apresentar boas condições de saúde pode ser um doador de sangue. Para isso basta ter de 18 a 65 anos de idade e ter peso superior a 50 Kg. (A legislação atual permite, embora com restrições, a doação dos 16 aos 17 anos e dos 65 aos 67 anos de idade).


A idade mínima está relacionada à maioridade legal, quando o cidadão passa a ser responsável por seus atos. A idade máxima está ligada a uma maior probabilidade de possuir doenças que possam interferir negativamente ao receptor do sangue. Apesar disso, existem critérios que permitem ou impedem uma doação de sangue, determinadas por normas técnicas do Ministério da Saúde, as quais visam a proteção ao doador e a segurança para o receptor. Esclarecimentos que, com certeza, serão prestados pelos profissionais do Hemocentro antes de efetuar a doação.


Antes da doação, o candidato irá passar por uma entrevista de triagem clínica, na qual podem ser detectadas algumas condições adicionais que possam impedir a doação. Daí a importância de que o doador responda o questionário com sinceridade, pois o objetivo da doação de sangue é salvar vidas. No entanto, deve-se proteger o paciente para que ele não adquira outra doença na transfusão.


Na coleta é retirado aproximadamente 450ml de sangue, rapidamente reposto pelo organismo via ingestão de líquidos e uma alimentação regular.


O imaginário popular geralmente associa o sangue tanto à vida quanto à morte. Se de um lado é fonte de vida e atua assim, de outro, como significado de morte, atua como símbolo de agressão e destruição da vida.


Ao longo dos anos criou-se alguns mitos, como: doar afina ou engrossa o sangue; engorda ou emagrece o doador; uma vez feita a doação vicia. Tudo isso não é real, não passa de mito.


O sangue doado é usado para assegurar um direito primordial – o direito à vida. A atitude de doar sangue é a esperança de muitos pacientes que precisam dele para continuar vivendo. A grande maioria das pessoas que doa sangue, somente o faz quando alguém pede. No entanto, é preciso que pessoas saudáveis doem sangue regularmente. Esse deve ser um motivo de alegria para quem doa e um incentivo para que gesto tão grandioso venha a tornar-se um hábito.


Sou doador de sangue e faço isso regularmente. A primeira vez que doei, tive um pouco de medo. Quando terminei a doação, a sensação foi ótima, e daquele momento em diante, me senti um ser humano melhor. Não sei explicar ao certo, mas é gratificante. Também não sei donde surgiu essa vontade de doar sangue. É algo meu mesmo. Acho que foi por questão de consciência da gravidade do problema. Da mesma forma que hoje podemos ajudar, amanhã poderemos precisar ser ajudados. Afinal de contas, ninguém sabe o dia de amanhã. Doação, para mim, é um ato de amor.


Doar sangue não dói, não custa nada, pode salvar vidas, e eu garanto: faz um bem enorme a quem doa.



Neori Pavan – SINDIAGUA/RS Erechim
neori.pavan@corsan.com.br


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Tarso, pague o piso e respeite a educação!!!

GREVE DO CPERS EM DEFESA DA EDUCAÇÃO

Os educadores do Rio Grande do Sul, decidiram  no dia 18 de novembro, em assembleia geral entrar em greve por tempo indeterminado, basicamente em torno de três eixos:
- a categoria exige a implementação do piso salarial para os professores e funcionários de escola;

- a alteração dos critérios de avaliação dos professores que o atual governo quer impor, prejudicando os trabalhadores em educação a (meritocracia);

- os educadores exigem a imediata retirada dos projetos de reforma do ensino médio.

Explicando o terceiro item:
A proposta de reformulação do ensino médio é uma proposta que visa somente formar mão de obra barata para o mercado e assim fazer  com que os empresários continuem explorando os trabalhadores. Esta alteração do currículo foi construída sem qualquer consulta à comunidade escolar, rebaixa o nível de ensino. Entre as mudanças, por exemplo, o terceiro ano do ensino médio teria apenas uma hora-aula de matemática. Grande parte da carga horária estaria voltada a projetos e estágios com o objetivo de “adaptar os alunos ao mercado de trabalho”. Para o governo, quem quiser ingressar em uma universidade terá que pagar para estudar em escolas privadas.
Fonte: material impresso CPERS/RS

Nota do SINDIÁGUA:
Há uma proposta de “regionalização do ensino”, ou seja, alunos de uma região agrícola, seriam direcionados a trabalharem na atividade agrícola. Mas, e quando a família se muda para outra região, uma industrial, por exemplo? Aquele aluno perdeu todo o aprendizado? Este profissional estará fadado a nunca poder ir buscar melhores condições em outras regiões?

Nós do SINDIÁGUA entendemos que é dever do governo do Estado, formar alunos que possam ser cidadãos do Rio Grande do Sul, do Brasil e do Mundo.

Foto: presidente do Sindiágua-RS manifestando-se na Assembleia do CPERS em frente ao palácio.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A privatização ressurge do caos do neoliberalismo

A crise econômica mundial, fruto do neoliberalismo, está sendo paga pelos trabalhadores. Os capitalistas pediram socorro ao Estado para salvar os bancos. 

Os governos optaram pela socialização do prejuízo ajudando aos bancos e deprimindo suas economias com recessão e desemprego. Os europeus, que tinham boa assistência social, protestam nas ruas contra o empobrecimento de seus povos. O capitalismo predatório é questionado no mundo todo.

No Brasil, a concentração da renda, finalidade última dos neoliberais, foi interrompida em 2003, com a posse do presidente Lula. O país optou por um projeto de inclusão social, fortalecimento do mercado interno e da economia nacional tendo o Estado como indutor do crescimento.

No RS, a vitória de Tarso Genro também é uma reação social à privatização e desmonte do Estado, realizada pelos governos Brito e Yeda, que precarizaram a segurança, a saúde e a educação deixando como símbolo maior de suas políticas os pedágios e as cruéis escolas de lata.

É com espanto que a sociedade gaúcha vê ressurgir, das cinzas da destruição neoliberal, o discurso privatizante. Gestores municipais, apoiados pela iniciativa privada, estão privatizando o serviço de saneamento básico. Citam o exemplo europeu, mas ocultam que na Itália a péssima qualidade do serviço foi derrotada por referendo, de iniciativa popular, no qual 96% do eleitorado votou pela revogação do decreto que privatizava a água italiana (conhecido como Decreto Ronchi).

Na Inglaterra, estudo da Universidade de Greenwich, evidenciou que nos 10 anos de privatização as concessionárias inglesas cresceram 147%; as tarifas subiram 245%; os postos de trabalho foram reduzidos em 21%; os acidentes ambientais aumentaram e caiu a qualidade da água. A privatização não deu certo na Europa.

A água é um elemento vital à vida, por isso a Corsan adota a política do subsídio cruzado, na qual parte do lucro obtido nas cidades maiores é destinada à infraestrutura e atendimento das cidades menores e mais pobres. A Corsan, assim como o Samae em Caxias e o Dmae em Porto Alegre, trabalha na concepção de que a água é um direito de todos e não somente de quem pode pagar altas tarifas. O desafio do RS é derrotar o poder econômico, que quer monopolizar o setor por 20 ou 30 anos, e reafirmar que a água é um direito de todos. Vivemos a péssima experiência dos pedágios, não podemos repeti-la com a água que é essencial à vida humana.

Deputada estadual Marisa Formolo

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Problemas ambientais do RS serão levados à Cúpula dos Povos da Rio+20

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente realizou, nesta segunda-feira (21), audiência pública preparatória para a Rio+20. A Conferência marca o 20º aniversário da Rio 92 (ou Eco 92). Na Rio+20 será feito um balanço do ciclo de conferências da ONU, iniciado com a Rio 92, incluindo conferências sobre população, direitos humanos, mulheres, desenvolvimento social e a agenda urbana. Além disso, em 2012 o Protocolo de Kyoto terá chegado ao seu limite de vigência. A Rio + 20 se propõe a debater três questões: avaliação do cumprimento dos compromissos acordados na Rio 92, economia verde e arquitetura institucional para o desenvolvimento sustentável.

A audiência foi conduzida pela deputada Marisa Formolo, presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, que abriu o encontro explicando que “o processo de deterioração acelerada dos recursos naturais e do próprio planeta acaba gerando várias crises que colocam o futuro da humanidade em perigo, e nós, da Comissão de Saúde, vamos ser protagonistas neste debate”. Marisa observou que o objetivo da audiência é levantar um conjunto de temas que afetam o meio ambiente gaúcho e condensá-los em um documento a ser entregue na Cúpula dos Povos da Rio +20.  

Relatos de Violações dos Direitos Ambientais e Sociais
Representando o povo das Ilhas do Guaíba e dos galpões de reciclagem, o Ir. Antônio Cecchin tratou da grave situação do lixo no mundo e a atuação dos catadores e recicladores. Cecchin explicou que a produção de lixo cresce seis vezes mais do que a população e que, neste ritmo, “o lixo vai inviabilizar a sociedade humana”. Ele informou que existem 1,5 milhão de catadores no Brasil, responsáveis por 98% da reciclagem de lixo e que apenas 2% são reciclados pelas políticas de coleta seletiva do poder público. Cecchin destacou a importância dos catadores na preservação ambiental “os catadores são os profetas do meio ambiente porque através das ações de redução da poluição, reutilização e reciclagem eles minimizam a destruição da natureza”. Ele criticou os municípios que adotam a incineração do lixo, pleiteou apoio às organizações de catadores e sugeriu o aproveitamento de prédios públicos desocupados ou abandonados como centrais para os catadores.

Isaura Conte do Movimento das Mulheres Camponesas criticou o agronegócio que, segundo ela, “possui uma dívida impagável com o planeta, gerada pelo desmatamento e pela utilização de agrotóxicos, eles esquecem que a natureza é de todos”. Isaura destacou que a Rio+20 deve se concretizar com os países cumprindo os itens acordados e criticou as alterações do novo Código Florestal. Ela concluiu dizendo que “o capitalismo verde não serve, quem destrói o planeta não pode vender créditos de carbono”.

Ronaldo Schäffer abordou a luta pela preservação do Morro Santa Tereza, representando a Associação dos Moradores do Morro. Ele relatou que em dezembro de 2009 começaram movimentos para a desocupação do Morro Santa Tereza e que o terreno seria vendido por preço muito abaixo do mercado, mesmo existindo uma área de proteção ambiental no local. Ele concluiu dizendo que a organização da sociedade barrou a venda do terreno da Fase e defendeu que a sociedade se organize para enfrentar a destruição capitalista.

Ronaldo Souza, do Movimento em Defesa do Parque Náutico e da Lagoa dos Quadros, fez uma explanação sobre as denúncias de irregularidades na construção dos loteamentos e condomínios horizontais no Litoral Norte. Ele salientou que “a transformação urbana dos espaços vai retirando da comunidade a vegetação natural e privatizando os espaços públicos”. Ronaldo observou que o plano diretor de Capão da Canoa é desrespeitado pelos condomínios.

 
Valdomiro Hoffmann, do Fórum de Pesca do Litoral Norte, trouxe relato do Movimento dos Pescadores Artesanais. Valdomiro disse que os pescadores artesanais são impedidos de trabalhar pelos empreendimentos que fecham o acesso às margens de lagoas, rios e mar.

Pela Organização da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, Daniele Barbosa discorreu sobre o uso de agrotóxicos, que violam o direito ao ambiente saudável. Ela observou que “o trabalho com agrotóxicos possibilita a ingestão acidental causando intoxicações nos trabalhadores, que consomem veneno diariamente sem conhecimento”. Segundo Daniele os lençóis freáticos estão contaminados e até mesmo o leite materno é afetado. Ela denunciou que não há fiscalização do uso de agrotóxicos e que existe uma dependência grande dos agricultores com as empresas produtoras.

O promotor de justiça do MPE, Rodrigo Schoeller de Moraes, questionou “o que quer a sociedade crescimento ou desenvolvimento? E a que custo?” Rodrigo fez um paralelo com o crescimento chinês, que se fortaleceu economicamente, mas de forma predadora e insustentável.

Mauri Cruz da Abong disse que na Eco92 houve a instituição da Agenda 21, da preocupação com o aquecimento global e do consumo desenfreado. Ele salientou que as políticas atuais “são de crescimento sob o ponto de vista econômico, medido pelo aumento do consumo, e não pela qualidade de vida”. Mauri propôs o reconhecimento da riqueza dentro dos modelos de vida dos povos tradicionais, e não pelo acúmulo de capital. Disse que a economia verde é uma forma dissimulada de realimentar o insustentável modelo capitalista, e que o mundo deve modificar radicalmente seu padrão de consumo.

Arlete Pasqualetto, da Fundação Zoobotânica, informou que o governo estadual está criando uma lei de resíduos sólidos com base na lei federal e que a FZB busca projetos para aplicar na prática o conceito de desenvolvimento sustentável. Falou que está em análise a criação de indenização por preservação ambiental, abordou o Bioma Pampa e os desertos verdes, e também a busca pelo regramento da silvicultura, evitando uma conversão do bioma.

Encaminhamentos
Ao final da audiência pública, a deputada Marisa Formolo definiu os seguintes encaminhamentos: 1) Criação de um comitê organizador para as ações da Rio +20, formado pelas instâncias de Estado, a Famurs, MPE, Apedema, entidades da sociedade civil organizada e as instituições presentes que desejassem participar; 2) O Comitê se integraria à Organização do FSM, para levar as questões debatidas na audiência pública à pauta de discussões do Fórum; 3) A proposta também será levada ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social para estudo; 4) Levar a discussão da Emenda 164 do novo Código Florestal Brasileiro ao FSM; 5) Em relação ao Código Brasileiro de Mineração, a criação de uma figura similar a do agricultor familiar para os pequenos basalteiros; 6) Moção contrária à aprovação da Emenda 164 do Novo Código Florestal, mantendo-se a diferenciação entre agronegócio e agricultura familiar.

fonte: al.rs.gov.br

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Beira-mar, vai ficar boa, mas pode melhorar....

Palmeiras são plantadas no calçadão à beira-mar de Capão da Canoa

Os amantes da caminhada estão sendo presenteados com belas palmeiras que vem sendo plantadas em vários trechos do calçadão de Capão da Canoa.
Deixando a beira-mar mais bela. “Está ficando muito bonito. Torço para que peguem todas. A beira-mar está precisando”, disse Luis Raupp, veranista de Passo Fundo. (fonte: jornal Matéria de Capa)

Durante este mês em visita de trabalho a Maceió, nós, da Direção do Sindiágua/RS, logicamente prestamos atenção no que as praias de lá oferecem aos seus turistas. Claro que tem a parte da água transparente e quente sempre, e isto é natural e sem grande solução para nós, mas o que observamos foi a parte que os governantes têm que tocar, que é o entorno da praia. Tem calçadão, com diversos quiosques, campos de futebol, ciclovia, etc., mas o que chama mais a atenção são as árvores à beira mar.
 
Estivemos nesta semana andando pela beira-mar de Capão da Canoa e notamos com muita alegria o plantio de árvores junto ao calçadão, numa clara tentativa de proporcionar um pouco mais de conforto aos nossos visitantes a partir do verão, claro que sabemos que não teremos sombra farta neste ano, mas como disse Lutero: "Seu soubesse que morreria amanhã, plantaria uma árvore hoje'' e é isto que Capão está fazendo, garantindo que num futuro próximo tenhamos conforto à beira-mar com um pouquinho de sombra, pelo menos.
Já temos o exemplo do espaço onde temos um Chafariz próximo a Boianowski, que um empresário, claro que para valorizar seu empreendimento, revitalizou e ficou bonito. Se todos os empresários e comunidade não esperassem tanto do poder público certamente nossa cidade já estaria em outro patamar de desenvolvimento e não estaria crescendo apenas, pois como já disse neste blog, cresce até as células cancerígenas crescem.
Que bom que estamos acordando para uma nova realidade e proporcionando um pouco mais do que apenas sol, areia e água salgada. Oba podemos sonhar com sombra e embelezamento da beira mar.


Arilson Wunsch 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

NOVEMBRO NEGRO - PARA REFLETIR

Durante o lançamento da campanha contra a privatização do saneamento e contra as Parcerias Público Privadas (PPPs), a FNU nos contemplou com uma bela apresentação da comunidade negra de Maceió. A apresentação foi muito boa e lembrou o Dia da Consciência Negra, abaixo um texto retirado do http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_da_Consciencia_Negra, que fala do dia 20 de novembro. O fato importante foi a mensagem do Grupo de Dança que enfatizou que não querem ser chamados de 'moreninhos', mulatinhos, etc, e sim de NEGROS e que sentem orgulho de serem chamados assim. Gostei muito do que vi e parabenizo aos organizadores pelo evento e também pela formação e conscientização da sociedade que busca igualdade entre as pessoas.

O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra.

A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte de africanos para o solo brasileiro (1594).

Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.

Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.

O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos.

Agora, vamos falar uma coisa, quem sabe sabe, as apresentações artísticas destas pessoas foi algo de profissional, e olha que é ''apenas'' um projeto social, que envolve crianças, adolescentes e jovens e os tira das ruas e dá um pouco de valor. Realmente muito emocionante.


















Arilson Wunsch 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Organizações 'Tabajara' ao seu dispor

Hoje no país em torno de 90% dos serviços de água e esgoto são prestados por empresas públicas, mas as empresas privadas estão aí para pegar este FILÉ que é o saneamento básico.

Veja bem, não se descola água e esgoto, e a Lei 11445 ainda coloca o lixo e a drenagem urbana no saneamento, mas isto os privados não querem.

Desde 2004 há dinheiro para fazer saneamento no país, claro que temos problemas, e graves, mas se olharmos a história, foram em torno de 30 anos sem nenhum centavo para este setor importantíssimo para o povo e para a qualidade de vida de todos nós, e as empresas privadas não tinham interesse neste setor.

Agora, oferecem mundos e fundos para resolver todos os problemas, parece aquele quadro: “SEUS PROBLEMAS ACABARAM, CHEGOU A INICIATIVA PRIVADA PARA RESOLVER SEUS PROBLEMAS, ORGANIZAÇÕES TABAJARA ao seu dispor.”

Hoje as empresas públicas têm, em todos os municípios, as chamadas tarifas sociais, onde o pobre tem acesso a água por um preço mais baixo, nas cidades onde têm a inciativa privada, não existe isto.

Umas das diferenças entre os dois é que o público reinveste o dinheiro e o privado manda para a construções de mansões de seus donos, além do caviar que comem às custas do povo.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Mais de R$ 40 milhões são liberados para o saneamento básico em Capão da Canoa

O processo seletivo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II), Grupo 3, para municípios com população inferior a 50 mil habitantes, divulgou o resultado final com os empreendimentos selecionados no Rio Grande do Sul, nesta segunda-feira (7).

A lista abrange, sobretudo, obras de saneamento, em 11 municípios: Capão da Canoa, Carlos Barbosa, Horizontina, Imbé, Nova Petrópolis, Nova Prata, Soledade, Torres, Tramandaí, Três Coroas e Xangri-lá. As prefeituras vão dividir um total de R$ 235,2 milhões - cerca de 20% do total distribuído em todo o Brasil, de R$ 1,1 bilhão.

Os projetos foram elaborados pela Secretaria de Estado de Habitação e Saneamento, em conjunto com a Corsan e as prefeituras. O maior valor foi destinado a Capão da Canoa, que com R$ 43,3 milhões vai ampliar o serviço de abastecimento de água da cidade, que é integrado com Xangri-lá.

SINDIÁGUA participa de lançamento de campanha contra a privatização da água

Um conjunto de entidades e movimentos sociais lançaram no dia 7 a campanha Água para o Brasil, contra a privatização do setor de água e saneamento.

O SINDIÁGUA participou da cerimônia de lançamento da campanha realizada na Assembleia Legislativa de Alagoas, em Maceió.

As organizações que integram a campanha defendem que o serviço de água seja público e estatal, ou seja, que é um papel do Estado oferecer este serviço com qualidade a todos os brasileiros e brasileiras.

No entendimento das organizações, a privatização da água aparece atualmente na forma de projetos de Parcerias Público e Privada (PPPs), que vem ganhando força em diversos municípios nos últimos anos.



Participam da organização da campanha a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), a Federação Interestadual do Sindicato dos Engenheiros (Fisenge), a Conferedação Nacional das Associações de Moradores (Conam), entre outras entidades.

Acesse o site da campanha e tenha acesso ao vasto material sobre o tema.

Arilson Wunsch

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Arroio da Pescaria - VIVA

Finalmente depois de muitos anos de espera o popular Valão ganha uma calçada em torno de si e fica com ares de civilização, depois de pelo menos 17 anos, torna-se agradável e até desfrutável e 'caminhável' pois com esta calçada que está sendo construída ao redor dele, poderemos, ou já podemos dar aquela caminhadinha ao final da tarde para 'desestressar' um pouco desta vida agitadíssima que levamos todos os dias.

Eu falo em pelo menos 17 anos, pois quando entrei nesta cidade(e não me arrependo e se Deus quiser não saio mais), já se falava que havia vindo verba para a urbanização do 'valo', e a cada eleição eu escutava, que vamos fazer isto e aquilo do nosso valo, e o que eu via naquele tempo era muito esgoto derramado nele e a mais profunda falta de respeito com a natureza, além do depósito de lixo que era e em certos trechos ainda é, e não é porque estão construindo uma calçada que melhorou da noite pro dia, mas que está ficando mais bonito, ah, sem dúvida está! Sem falar que com a rua mais bonita, as pessoas sentem-se motivadas para cultivarem seus jardins tornando a cidade ainda mais bonita, pois em algumas ruas a primavera já deixa a cidade mais florida e perfumada dando ares de limpeza e bem estar, quem ganha com isto certamente é a população.

Não sei de onde vem a verba e se tem problemas de execução, penso que deva ter, outro dia percebi comentários sobre cadeirantes em dias de chuva, ainda é hora de consertar antes de inaugurar. 

Já pensaram, a tarde, uma caminhada ao longo do 'Valão' ou ainda um chimarrão... etc., e com as obras de esgoto andando a mil pela cidade, logo nem esgoto mais teremos no nosso arroio. 

QUE BELEZA, uma obra para ficar, basta agora a população cuidar do que é nosso!
Bem, o que ainda falta nesta avenida, e não é difícil de fazer, é uma ciclovia. Prefeito pense nisto!

Arilson Wunsch 

domingo, 23 de outubro de 2011

Torneio da Amizade - Um show para as crianças

Torneio de Futebol, muitos jovens presentes, provando que o jovem precisa de ocupação, para não cair na 
tentação do ilícito. Integração perfeita entre meninos e meninas num animadíssimo jogo de Handebol.



Aconteceu no ''campinho das corujas", na Zona Nova em Capão da Canoa no dia de hoje. Um belíssimo evento promovido pelo treinador "Salada" com apoio da direção da Escola Manoel Medeiros reunindo um grande número de jovens e alunos que durante todo o dia competiram em jogos de futebol e handebol, e ao final todos foram premiados, já ficando marcado outros eventos do mesmo nível.

Salientamos que os jovens se divertiram muito, jogaram bastante sem o compromisso de ter que ganhar alguma coisa e sim somente se divertir e curtir o belo dia de domingo que Deus nos proporcionou.

O que fica deste evento é a lição de que nossos jovens precisam ter ocupações sadias e o esporte tem proporcionado muitas destas 'ocupações'. Que sempre se faça no nosso município este tipo de evento, e que o poder público faça algo pelos jovens e crianças de Capão da Canoa. Não devemos pensar apenas em crescer, que se pense um pouco em desenvolver a cidade proporcionando cidadania e que este exemplo da direção da Escola Manoel Medeiros seja seguido por todos em Capão da Canoa.

Sabemos que temos na cidade o projeto CAE e o Clube de Handebol que faz um brilhante trabalho e também o treinador 'Salada' aqui no bairro São Jorge, dignos de serem citados e respeitados, mas isto é pouco perto do que as crianças da cidade precisam. Nosso 'Salada' faz um trabalho voluntário de treinar as crianças do bairro, à noite no campinho e quadra de futebol que temos no bairro, estes construídos pela administração municipal.


Mais praças, mais campos de futebol, mais diversão sadia para os nossos adolescentes, jovens e crianças.

Sabemos que muitos talentos saem de campos como estes e com certeza no dia de hoje vimos alguns deles jogando.

Logicamente, como amante do esporte e ex- treinador de escolinha de futebol, de forma voluntária, em Roca Sales 1992, estive presente para colaborar e também me divertir um pouco.

Boa semana a todos, sabemos que esta é uma semana muito especial. 

Arilson Wunsch


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A difícil missão do professor

O papel desempenhado pelo educador vem passando por um intenso processo de transformação nas últimas décadas, reflexo das constantes mudanças da sociedade, o que acaba gerando conflitos e demandas que servem como obstáculos a serem vencidos. Um dos principais desafios encontrados pelo professor/educador consiste em administrar comportamentos de alunos. Atitudes inadequadas a conflitos diretos com colegas e professores, surgem como as maiores preocupações da escola, atualmente.

A causa desses conflitos pode estar desde a distorção dos valores morais e questões de desestruturação familiar e emocional a problemas culturais, e do relacionamento conturbado por que passa a sociedade atual.
Diante disso, a educação é a única maneira de formar uma nova geração de cidadãos. A Escola, em última análise, contribui de forma decisiva na formação de homens e mulheres de caráter.

Eis a difícil missão do educador: vislumbrar uma forma de interação do educando com o meio e através dela um melhor convívio com a sociedade - um mundo onde a violência desgraça, onde o ser humano vem perdendo o senso de fraternidade e de solidariedade; um mundo onde a robotização transforma o ser humano em máquina de produzir e superar todos os limites materiais; mundo que tenta resumir o ser humano a uma simples máquina de fabricar dinheiro e projetá-lo sob as luzes e holofotes da fama.

Há muito tempo vem se discutindo o papel da escola na formação da sociedade, onde o professor é o pilar central para se obter uma educação de qualidade. Ironicamente, o professor é um dos profissionais menos remunerados, num país em que os governantes insistem em dizer ser a Educação, prioridade.

A opinião pública está acostumada a ouvir falar das mazelas que atingem a educação: dos problemas da baixa qualidade da escola pública, da falta de condições de trabalho, e sobretudo do baixo salário pago e da pouca importância que os governos dão às questões do magistério.

Em contrapartida, não há como falar em educação de qualidade sem que haja profissionais qualificados. Daí a necessidade do educador manter-se atualizado e em permanente reciclagem, afim de acompanhar os anseios das novas gerações, que visivelmente, têm características diferentes de uma década atrás.

Isso nos leva a refletir sobre a importância e a complexidade do papel do educador frente aos desafios a que é submetido diariamente, da necessidade de capacitação e atualização constante e da cautela necessária em sua atuação.

O ilustre escritor brasileiro, Augusto Cury, enumera em seu livro “Pais brilhantes, Professores Fascinantes” algumas recomendações aos educadores, tais como:

- “Jamais corrigir o aluno publicamente”– por pior que seja o defeito do educando, não expô-lo diante dos colegas.

- “Não expressar autoridade com agressividade” – mas sim, conduzir ao caminho com firmeza de atitude. Autoritarismo não educa, domestica.

- “Ser paciente e nunca desistir de educar” - É preciso compreender que por trás de cada criança arredia, de cada jovem agressivo, há um ser que precisa de afeto. Estes, testam a qualidade do educador, da mesma forma que os filhos complicados querem testar a grandeza do amor dos pais.

- “Jamais destruir a esperança e os sonhos do aluno” – Sem sonhos não há motivação para caminhar. O mundo pode desabar sobre uma pessoa, ela pode ter perdido tudo na vida, mas se tem esperança e sonhos, ela tem alegria e brilho no olhar. Considere que há um mundo a ser descoberto dentro de cada criança e de cada jovem.

Portanto, é fundamental fazer valer o título de educador, pois a educação é a única ferramenta capaz de transformar o mundo para melhor, e esta, está em suas mãos. Como diz muito bem, o Educador Paulo Freire “Se a educação, por si só, não muda a sociedade, sem ela, tampouco a sociedade muda”.
 
Neori Pavan – SINDIÁGUA/RS

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Avenida Rudá é importante para a cidade

Ao longo destes anos que moro em Capão da Canoa, tenho uma simpatia especial pela avenida Rudá, talvez porque quando aqui cheguei ela era pavimentada somente num lado até onde hoje é o Chatô, pois daí adiante, só areia e carro somente do lado de lá. Sim, do lado esquerdo de quem para o bairro, viu que chique antes era vila agora bairro, inciei minha trajetória em Capão trabalhando no laboratório da ETE, Estação de Tratamento de Esgoto da Corsan, no final da Rudá. Minha primeira morada na rua 25, próximo à Rudá lado norte, depois rua 26 lado sul, e agora rua 23 lado norte, embaralhou? Talvez, mas nem tanto. É bom lembrar que sempre perto da Rudá.

Mas voltando ao assunto, mas que assunto mesmo, ah, sim da romântica avenida, percebo que o crescimento em torno da Rudá é muito grande, com muitas obras, comércio, mercadão, escola, farmácia, etc. Viram? A Rudá tem tudo e quem mora no bairro São Jorge tem quase tudo por aqui
Mas, sempre o mas, não? Pois é, falta passeio, calçada para o pedestre andar e olha que tem lugar, ainda tem coisa pior, os camaradas que constroem junto da avenida ocupam o que sobra de passeio para colocar os tapumes de suas obras, deixando o pedestre muitas vezes sem opção senão sair para o meio da rua, isto de dia até que passa, mas a noite coloca muitas vidas em jogo, pois a iluminação pública é muito fraca, é uma escuridão enorme e os motoristas em seus veículos sempre atrasados, parecem que querem flagrar alguma coisa ou ainda tirar o pai da forca, numa velocidade acima do normal e se o pedestre não se cuidar, atropelam. Sem contar nos dias de chuva, aí mesmo o caos se instala, temos que desviar dos tapumes, cuidar para não pisar na água, que é bastante, e ainda cuidar dos carros para não sermos atropelados. 

Ah, ia esquecendo, não falei das bicicletas, que, como já postado noutro comentário, são muitas na nossa cidade e não deixaria de ser na Rudá. Estas também atropelam e machucam as pessoas.
Quanto a iluminação pública, a falta dela também significa falta de segurança. Na última quinta-feira, um estabelecimento comercial foi vítima de assalto. Ao fechar para ir embora, o proprietário foi surpreendido por marginais que levaram o que ganhou no dia de trabalho, certamente se tivesse iluminação adequada talvez isto não aconteceria.

Por falar em segurança pública, será que temos brigadianos suficientes para a nossa demanda?
Sugestões para começar: a prefeitura deveria verificar por toda a cidade o espaço destinado aos pedestres se este está sendo respeitado; na nossa Rudá, faixas de segurança e se precisar quebra molas - olha que tenho veículo, mas o pedestre na nossa cidade é muito desrespeitado; ciclovia ao longo da avenida - é fácil fazer tem espaço então é usar a criatividade, nosso povo anda muito de bicicleta mas é  perigoso, ainda mais nesta época onde todos estão se preparando para a temporada, estamos todos com muita pressa; e, finalmente, uma iluminação que contemple, pois tem vazios de escuridão no nosso bairro muito perigosos para todos.

No futuro falaremos sobre os mesmos problemas, mas a avenida Flávio Boianowski, que seria uma válvula de escape do trânsito intenso da Rudá, está praticamente intransitável, enchendo a Rudá, uma das avenidas mais importantes da cidade.

Arilson Wunsch

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Cidade Limpa: será?

Neste final de semana tirei um tempo e fui caminhar pela cidade, fui ''visitar'' minha dentista a pé, aliás, dentista em final de semana ninguém merece... mas voltando a caminhada pela cidade de Capão da Canoa, notamos que está mais limpa, mais bonita, as vitrines das lojas enfeitadas, muitas construções, e o colorido da cidade destacado, isto dá um pouco mais de vida e alegria. Olha, gostei do que vi, pelo menos pela parte mais central da cidade, uma outra visão. Em tempos passados tínhamos muito lixo espalhado, não que agora não tenha ou que está perfeito, não, mas está melhor, parece que no momento atual a coleta de lixo está em dia e porque não dizer que as pessoas, estão mais responsáveis com o meio ambiente e cuidando melhor dos seus lixos.

Por falar em construções, nossa cidade está tomada por construções. Outro dia estive num seminário e lembrei de nossa cidade, o palestrante fez uma reflexão sobre desenvolvimento e lá pelas tantas lascou: ''... crescer por crescer, até as células cancerígenas crescem e se multiplicam...'' pergunto a nós mesmos, será que estamos nos desenvolvendo ou apenas crescendo??? 

É o assunto que escuto por muito tempo por aqui e todos os políticos a cada eleição se manifestam sobre este assunto, mas como num toque de mágica esquecem muito rápido, parece que tem prazo de validade esta discussão. 

O futuro nos cobrará... aliás o presente já nos cobra. Quando tem um feriado prolongado ou um final de semana bom ou ainda no verão, nossa cidade transforma-se, as filas em todos os pontos comerciais são enormes, o trânsito um caos, calor pela tomada do asfalto por toda a cidade, vento mais forte pela canalização em prédios, enfim, muitas mudanças. Claro que nosso carro-chefe econômico é a construção civil, tenho muitos amigos que sobrevivem diretamente ou indiretamente dela, mas tenho certeza que ninguém quer 'matar' a cidade.

Arilson Wunsch 

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Dia de privatizações e que se dane o povo!


Quarta-feira, 21 de setembro de 2011


A manhã desperta bonita em Florianópolis. Sol amarelo numa cidade que desde o final de agosto só vê chuva. O prenúncio é bom, luz, vida, alegria. Mas, as coisas não são tão simples assim. Não basta que o sol nasça para que haja o bom viver. No dia anterior, emburrado e chuvoso (20.09), o estado inteiro de Santa Catarina sofreu uma perda brutal. A companhia de Água e Saneamento (Casan) foi privatizada. Segundo os deputados cúmplices do crime, o governo seguirá com o controle acionário e garantirá o interesse público. Mas, quem em sã consciência acredita nisso? Qualquer guri de dez anos, com um pouco de cérebro sabe que a casa legislativa catarinense, com alguma exceção, está ali para defender os interesses dos empresários, do capital. E isso é em todo o país. Essa é a regra na democracia liberal, representativa.


Na manhã em que os trabalhadores, sindicalistas e pessoas do povo foram para a Assembléia Legislativa gritar o seu “não” à proposta privatista, a casa que supostamente deveria ser do povo chamou a tropa de choque, como é comum em todas as vezes que o poder se sente ameaçado. A tropa é patrimônio do estado, o estado é opressor e quem quer lutar contra isso sabe que o lombo será chicoteado, porque assim tem sido desde muito tempo. É da natureza do capitalismo defender seus interesses com a força policial do estado. Tudo está ligado.


A água é um bem público e, em tese, não deveria ser uma mercadoria. Qualquer pessoa, em qualquer lugar precisa ter acesso a ela, pois sem água, o ser humano não consegue sobreviver mais de três dias.


Pois agora, em Santa Catarina, a empresa que garante a água está 47% privada. O restante é do estado, mas o estado é amigo do privado e, juntos, eles decidem que o precioso líquido valerá “x”. Que será dos pequenos municípios? Dos lugarejos perdidos no interior? Que será das pessoas e dos lugares que não representarem lucro em potencial? Quem acredita que um empresário que compra uma empresa para auferir lucros estará interessado na situação de um pobre coitado sem acesso à água ou saneamento?


No mesmo dia, esse fatídico 20 de setembro, a Câmara Federal privatizou os hospitais públicos. Dizem os cínicos que é uma empresa estatal. E de fato é. No papel. Na prática, a empresa que vai administrar os hospitais universitários em todo o país, poderá fazer “parcerias” com os planos privados, abrindo duas portas de entrada nos hospitais. A porta dos pobres, dos deserdados, e a dos que podem pagar. Então, numa emergência, ou mesmo no cotidiano da doença, quem vocês acham que será atendido? Até porque no estatuto da lei da “empresa pública” está bem claro: os hospitais deverão cumprir metas, metas de produção. Ora, o que produz um hospital? Produz doentes. Assim, numa situação em que a doença é mercadoria, quanto mais gente doente, melhor! Não é incrível? Talvez por isso tenham liberado o feijão transgênico...


Os trabalhadores das universidades que estão em greve há mais de 100 dias, em luta pelo salário digno e também contra a privatização dos hospitais, estavam lá na Câmara, lutando, dizendo não. Mas, tanto para os deputados cúmplices do capital, assim como para a mídia vendida aos mesmos donos, essa gente não existe. “São os responsáveis pelo rombo do governo, os vagabundos, os que não trabalham”. Mentiras e mais mentiras que são reproduzidas à exaustão para que a população acredite e defenda o que, na verdade, só vai beneficiar a uns poucos.


E assim terminou melancolicamente o 20 de setembro neste país incensado pela imprensa como o que mais cresce na América Latina. Esse é o legado da popular presidente Dilma e seus parceiros.

Nos anos 90, FHC privatizou grandes empresas públicas, extremamente lucrativas, que poderiam financiar com seus ativos a saúde, a educação e tantas outras coisas. Mas, em vez disso, foram entregues a preço de banana aos grandes empresários nacionais e internacionais. Naqueles dias, alguns trabalhadores gritaram e não foram ouvidos. Quem se preocuparia com empresas que produzem aço, minério, cimento? Pois agora, na era PT, o governo vai privatizando a telefonia, a luz, a água e a saúde. Não há dinheiro para bancar esses serviços, diz o governo. Mais uma mentira. No orçamento da União, o governo reserva 44,93% para pagamento de juros de uma dívida ilegítima. Transfere aos estados apenas 9,24%. Investe 2,89% em educação, 3,91% em saúde, 0,06 em cultura e 0,04 em saneamento. Então como é isso? Não tem dinheiro? Precisa privatizar água, luz, telefone e todos os direitos das gentes em nome de quê? Do pagamento da dívida, ilegal e ilegítima.


Assim, a política governamental, os deputados federais, os deputados estaduais, os vereadores, tudo isso está a serviço de um único patrão: o empresariado predador. A eles todas as benesses. Ao povo a precariedade da saúde, a falta de água, a falta de esgoto, os preços caríssimos. Para fechar o círculo da perversidade, ainda abrem linhas de crédito e financiamentos para que os pobres, que com seus salários ficam impossibilitados de consumir as promessas do capitalismo, possam se endividar mais e mais, engordando de forma mais rápida aqueles que mais lucram no mundo: os banqueiros.


É preciso abrir os olhos e ver.


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Direito de Greve

Os trabalhadores organizam-se coletivamente para reivindicar seus direitos. A forma democrática e honesta de buscar seus interesses que não são repassados pelos patrões. Tanto a iniciativa privada quanto os governos detentores dos serviços públicos, não respeitam quem realmente constrói a riqueza deste pais: os trabalhadores assalariados.


Correios

Os importantes trabalhadores desta categoria estão em greve há mais de 13 dias. Reivindicam reajustes salariais que não são reajustados já a bastante tempo. Entendemos que o Governo Dilma achata as condições econômicas dos trabalhadores, trazendo desgaste pessoal e de suas famílias, para um serviço muito essencial. É muito essencial, até de segurança nacional. Mas o governo do PT não respeita trabalhador. Não respeita quem é assalariado. Não respeita a sociedade, pois o dinheiro que não é repassado aos salários é utilizado em outras “coisas”.


Entrega do bem público

O que o governo Dilma pretende é, fazer com que a opinião pública se volte contra a classe trabalhadora e fique mais fácil a entrega deste serviço para a iniciativa privada. Constitucionalmente os serviços postais são monopólio da União. Este governo que aí está pretende privatizar os Correios. Só para se ter uma base, a mesma mercadoria enviada por uma transportadora privada é três vezes mais cara que o serviço efetuado pelo Correios.


O que fazer?

Você que tem alguma conta que vem através do Correio, deve procurar a empresa onde você tem um boleto a receber ( todas as empresas tem que ter um telefone ou contato com o cliente), e buscar informa-se como deve proceder para o pagamento de sua dívida. As empresas são obrigadas, conforme informa o Procon, a enviar e fornecer o código de barras,via fax, ou e-mail, para que se proceda o pagamento nos caixas dos bancos ou lotéricas.


Greve dos bancários

Outra categoria que entra em greve. Os bancos no Brasil são as empresas que mais obtiveram lucro. Mas nem isso é suficiente para demover os donos dos bancos da ideia de não repassar a inflação devida aos trabalhadores. Você que as vezes fica horas numa fila de banco, saiba que o culpado não é o caixa. A culpa é dos donos do banco que não contratam pessoas para o atendimento ao público. Já faz muito tempo, incluindo aí os dois governos Lula, onde os bancos foram os que mais lucraram com a especulação financeira, achatando os salários e retirando direitos e demitindo trabalhadores. Tudo isso com a “benção” do governo federal.


Falta de segurança

Outro fator que destrói a vida dos trabalhadores bancários é a falta de investimento dos patrões em segurança no local de trabalho. Casos de sequestro de gerentes e outros funcionários, e até mesmo assaltos nas agências tem se tornado comuns, dada a precariedade do investimento em segurança privada, pois não é importante aos bancos pagar pela segurança da vida dos trabalhadores.

Os trabalhadores em greve tem que ter nosso apoio incondicional. Hoje são as categorias dos Correios e os bancários, amanhã quem sabe?

Arilson Wunsch

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

1864: É fundada a Primeira Internacional Socialista

O dia 28 de setembro de 1864 marca a fundação em Londres da Associação Internacional de Trabalhadores, historicamente conhecida como a Primeira Internacional. Ela esteve conformada com os princípios defendidos por Marx. Pregava a rápida abolição dos exércitos nacionais, o direito à greve e a coletivização dos bens de produção. Suas atividades foram interrompidas pela guerra de 1870, porém retoma os trabalhos em 1889 no Congresso de Paris, já sob o nome de Segunda Internacional. E aí se prepara para sua maior desilusão. Em 1914, ela se move sob os golpes e a propaganda do nacionalismo. Os proletários adotam as posições de seus países de nascimento em nome da “união sagrada”. O proletariado sem fronteira do lema “Proletários de todos os países, uni-vos” era ainda uma distante utopia.

Nos primeiros anos da década de 1860, a conjuntura internacional fez com que lideranças sindicais e ativistas socialistas começassem a pensar em fundar uma organização que reunisse os sentimentos universais a favor da luta dos trabalhadores e das nações oprimidas.

Num dia de setembro de 1864, um jovem trabalhador francês Victor Le Lubez, bateu à porta de Karl Marx em Londres, onde vivia. Solicitou-lhe que lhe indicasse um nome de alguém da classe trabalhadora que falasse alemão para uma reunião organizada por sindicalistas ingleses e franceses. Marx prontamente indicou Johann Eccarius, um alfaiate bastante sério e que se saiu a contento.

A associação internacional dos trabalhadores começando a tomar corpo, Marx, embora abalado com a morte em romântico duelo de Ferdinand Lassalle, o líder dos socialistas alemães e fundador da primeira organização de trabalhadores na Alemanha (a Allgemeinen Deutschen Arbeitervereins), resolveu estar presente no Matins’s Hall em Londres, onde a associação foi anunciada.

Uma conjugação virtuosa de acontecimentos internacionais sacudiu a letargia e as discussões intermináveis em que o mundo revolucionário e sindical se encontrava. Em 1861, o condottiero italiano Giuseppe Garibaldi no comando de suas tropas envergando camisas vermelhas, ocupara a Sicilia e a integrara, juntamente com Nápoles, ao Reino da Itália ainda em formação. O mundo espantou-se com a ousadia daquela ação levada a cabo por tão poucos. A unificação da península foi a primeira derrota depois de muitos anos das forças ultraconservadoras da Europa de então: a Igreja Católica e o Império Austro-húngaro. A isso se somou a notícia do início da Guerra de Secessão nos Estados Unidos e a abolição da escravidão, a rebelião polonesa de 1863 conta o domínio czarista. Em todos esses acontecimentos, houve uma notável onda de solidariedade internacional por aqueles que lutavam a favor da causa da liberdade.

Impactados com o que ocorria no mundo, vários sindicalistas ingleses como George Odger, Cremer e Wheeler, trataram então de dar procedimento a fundação de uma instituição que captasse e canalizasse o sentimento de fraternidade que então brotava: a International Working Men´s Association. Marx, testemunha do evento, confessou a Engels em carta de 4 de novembro de 1864, que “permaneceu o tempo inteiro como uma figura muda”, o que não deveria ser fácil para um homem tão loquaz. Após os discursos elegeu-se um Conselho Geral. Com trabalhadores de várias procedências. Marx, indicado como secretário, era o mais célebre.

A Primeira Internacional Socialista era uma confederação de tendências ideológicas as mais diversas. Além dos sindicalistas puros que não queriam envolver-se na política, haviam os cooperativistas prudhonianos, os republicanos, os democratas radicais seguidores de Mazzini, antigos cartistas ingleses, blanquistas franceses e alemães, seguidores de Lassalle. Solicitaram a Marx que redigisse uma declaração de princípios e os estatutos provisórios.

Quanto ao programa de lutas, ele implicava numa série de reivindicações e propostas, que foram sendo acrescentadas ao longo da curta existência da Primeira Internacional, entre eles: a permanente solidariedade a todos os trabalhadores e as suas lutas; a promoção do trabalho cooperativo; redução da jornada das mulheres e das crianças; difusão da lei da jornada de 10 horas pelo restante das nações; estímulo à organização sindical; o estabelecimento de um Polônia livre e democrática, bem como defesa da autodeterminação das nações, opondo-se firmemente "às imensas usurpações realizadas sem obstáculo por essa potência bárbara, cuja cabeça está em São Petersburgo (a Rússia czarista); exigir que "as sensíveis leis da moral e da justiça, que devem presidir as relações entre indivíduos, sejam as leis supremas das relações entre as nações".

O Conselho Geral da Internacional Socialista foi formado por George Odger (Presidente; George Wheeler (tesoureiro); Karl Marx (secretário pela Alemanha); G.Fontana (pela Itália); J. Holtorp (pela Polônia); Herman Jung (pela Suíça); P. Lebez (pela França). Desnecessário lembrar que foi Karl Marx quem se tornou a alma da organização, trazendo para perto de si gente da sua confiança e, em geral, intelectualmente qualificada para assumir a responsabilidade da divulgação e da enorme correspondência. Para as classes privilegiadas, para os grandes proprietários, os banqueiros, o grande empresariado e mesmo para as classes médias daquela época, o demônio passou a ser mais visível, passou a ter um só nome: a Internacional Socialista, dirigida pelo Doutor Vermelho, Karl Marx.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Parceria Público-Privada no Saneamento

O Brasil conviveu nos anos 1990 com uma grande onda de privatizações, com destaque para o setor energético e de telecomunicações. O setor de saneamento não entrou nessa onda, pelo menos da forma que desejavam os governantes à época, principalmente porque a concessão dos serviços de saneamento não é federal. A atribuição da prestação desses serviços é do município, que pode operar diretamente ou sob regime de concessão privada ou através de contrato de programa quando o operador for público.

A maioria dos municípios brasileiros tem como operadora as companhias estaduais de saneamento, que hoje atendem cerca de 80% da população brasileira.

Apesar de nos últimos anos o setor ter retomado o acesso a recursos financeiros e ao planejamento das ações, as carências são grandes, sobretudo no que se relaciona à coleta e o tratamento de esgotos, além disso, muitas pessoas ainda enfrentam o problema da intermitência no abastecimento de água, ou seja, não têm água disponível 24 horas por dia nos 365 dias do ano. Fato que ocorre com frequência nas periferias das cidades.

Como grande parte dos Municípios, Estados e operadores públicos de saneamento encontram dificuldade de captação de recursos para ampliar os investimentos no setor, seja por falta de capacidade de elaborar projetos, seja pelo limite de endividamento, surge uma alternativa à essas dificuldades: a Parceria Público-Privada (PPP), instituída pela Lei Federal nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004, uma “nova” modalidade de privatização.

Segundo a lei, a Parceria Público-Privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.

A concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

A concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento instalação de bens.

Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

Para que se configure PPP é necessário que o valor do contrato não seja inferior a R$ 20 milhões e o tempo do contrato não seja inferior a 5 anos.

Por que somos contra a PPP no Saneamento?

1. Como podemos observar na explicação acima, uma das diferenças entre a concessão comum e a PPP é que o parceiro privado se responsabiliza por financiamento, construção e operação de empreendimentos. Já na concessão patrocinada ou administrativa (PPP), o que difere é a existência de pagamento, ao parceiro privado, por parte da administração publica, ou seja, e a participação sem risco, até porque a legislação das PPPs prevê formas de garantia ao privado.

2. As condições para que o setor público aumente sua intervenção no setor de saneamento foram ampliadas de forma significativa nos últimos anos permitindo que os operadores, principalmente os municipais, se tornem protagonistas das ações de saneamento.  Essas condições foram dadas pela nova legislação nacional; pelo aporte de recursos disponibilizados através do Plano de Aceleração de Crescimento – PAC e pela retomada do planejamento. Além disso o Governo Federal criou uma série de programas e ações que tem por objetivo ajudar na modernização da gestão e qualificação técnica dos profissionais do setor.

3. Segundo o ex-presidente da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas dos Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), Ives Besse em entrevista ao Jornal Valor em 22/03/2011 a PPP “é um bom negócio para as concessionárias privadas de serviços de água e esgoto. Garantem fluxo regular de recursos a longo prazo, já que os contratos são em geral de 20 a 30 anos. O lucro do privado depois de descontar juros, impostos, depreciação e amortização, normalmente é significativo. Já no quinto ano, em média, a rentabilidade chega a 45% numa concessão comum. Nas PPPs essa rentabilidade pode chegar a 70% devido ao forte investimento no início do contrato”.

4. Com relação à PPP no abastecimento de água a situação é mais grave, afinal estamos falando de um monopólio natural, estratégico para o desenvolvimento social e econômico do País e que guarda profunda relação com a saúde pública e o meio ambiente. Por isso é fundamental que o controle desse bem fique a cargo do setor público.

5. Quando analisamos as PPPs já implementadas ou em andamento, o que vemos são contratos para médias ou grandes cidades e regiões metropolitanas, onde a possibilidade de ganho é muito maior,além disso é comum observamos que os projetos retiram da lista de intervenções, locais de difícil execução de obras como favelas e fundos de vale. O setor privado não apresenta propostas de soluções para universalizar o saneamento nas regiões pobres do País. Essa tarefa deixa com o poder público. Outro fato que chama a atenção, é que, normalmente, nas áreas onde se prevê a realização de PPP, os índices de abastecimento de água e coleta de esgotos são significativos, ou seja, requer soma de recursos não tão elevados.

6. Cidades de vários países, como França, Itália, Bolívia, Argentina, entre outros, reestatizaram os serviços de saneamento. Em muitos casos em função do aumento abusivo de tarifa e em outros pela precariedade da prestação dos serviços.

7. É muito mais difícil garantir a participação da sociedade civil em instrumentos de controle social sobre a prestação dos serviços de saneamento quando são operados através de PPP do que quando a operação se da pelo setor público.

Como podemos observar ao analisarmos o item 3 do texto, constatamos que, se é possível o saneamento ser viável para o setor privado, também pode ser para o setor público. O que precisa ser feito é investir cada vez mais no aumento da eficiência e eficácia dos operadores públicos de saneamento.

O que defendemos na defesa da gestão pública do saneamento

1. Um amplo Programa de Recuperação e Revitalização dos operadores públicos de Saneamento como forma de se atingir uma gestão mais eficiente no consumo de energia, na redução de perdas, na modernização de equipamentos, no uso da telemetria, na modernização/automatização da operação, no setor comercial;

2. Defendemos destinação de um percentual do PIB anual como forma de se atingir os investimentos necessários para que em 20 anos o País alcance a universalização do acesso aos serviços de saneamento em quantidade e qualidade adequadas. De acordo com o Ministério das Cidades, para universalizar o saneamento básico em 20 anos é necessário investir R$ 168 bilhões;

3. Desoneração do PIS/COFINS e a criação de instrumentos que garantam que esses recursos integrem um fundo de investimento em saneamento;

4. Um amplo debate nacional sobre a flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal para captação de recursos para o setor;

5. Criação e implementação de instrumentos de controle social para o acompanhamento e fiscalização das ações em saneamento.

6. Por fim acreditamos e defendemos que a Parceria Público-Público (PPP) seja nosso instrumento para manter os serviços sob o controle público. Parceria entre os municípios, os Estados e a União, instrumento já garantido pela Lei 11.107/05 (Lei de Consórcios Públicos) que institui a gestão associada de serviços públicos.

7. Dessa forma, não temos dúvidas que o Brasil alcançara níveis dignos de um País que caminha de forma célere ao desenvolvimento. Desenvolvimento que só será possível quando todo cidadão e cidadã tiverem acesso aos serviços básicos de saneamento.

Edson Aparecido da Silva
Coordenador da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental
Assessor de Saneamento da FNU

Arilson Wunsch – Diretor da FN
U

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Capão é verão – sempre

Pois é, o verão chegando, o Gabinete Itinerante andando pela cidade e as reivindicações como estão?

Será que estamos sendo atendidos ou apenas é marketing da atual administração da cidade? Quando estiveram no bairro São Jorge, fomos, nós os moradores, até lá solicitar algumas melhorias nas ruas do bairro e as mais precárias, salvo melhor juízo eram as ruas 23, 24 e 25 do açougue do Alemão até o Super Ideal, desde a av. Rudá até a Venâncio Aires.

Neste sábado fiquei muito feliz ao sair do Super Ideal e entrar na Rua Feliz – 25, ao ver que a mesma estava asfaltada, mas SURPRESA.... TRISTEZA! Nada de asfalto na rua, apenas até onde o referido mercado utiliza a rua, deve ser para não estragar seus veículos ou ainda melhorar o estacionamento de seus fornecedores. Que lástima, pensei e fiquei indignado na hora e pergunto ao senhor SECRETÁRIO DE OBRAS que além de asfaltar a rua onde mora, o que não é errado, agora favorece um supermercado de grande porte, O QUE É ISSO COMPANHEIRO? Pelo menos dê dignidade aos moradores daquela rua melhorando toda ela, ao menos trocando o calçamento, pois tem cratera que cabe um carro popular dentro. LAMENTÁVEL.

Espero que os nossos pedidos sejam atendidos ainda neste ano, pois a rua 23 está um caos, três gotas de água do céu ou de qualquer lugar, e enchente na rua. E quando não está molhada, a buraqueira é enorme. Por favor, vamos melhorar isto, são só duzentos metros em cada rua citada aqui. Ah, deve ser que não melhora por que não tem mercadão nela...

Sabemos que o prefeito não tem condições de saber de tudo o que os secretários fazem, mas temos a certeza que quando souber, fará alguma coisa, bem é o que esperamos!

Arilson Wunsch