Neste caso especifico que pai e filho andavam no seu sagrado direito de ir e vir, como convém a pai-e-filho, abraçados, de mãos dadas, lado-a-lado, simbolizando a afirmação do amor um pelo outro, independente das suas opções. Ainda bem que as pessoas que se amam, ainda podem andar juntas. Para as distâncias uns dos outros já bastam as injustiças diárias. Até mesmo nossa Corte maior de Justiça já se proclamou a favor das relações homoafetivas como passíveis de integrar o ordenamento jurídico pátrio.
Pensando nisto e para dar um ar de mais certeza destas condições que temos de zelar pelo bem estar de cada um cidadão, até para garantir que pais e filhos, mães e filhas possam andar despreocupadamente pelas ruas, assim como qualquer homem ou mulher, criança ou adulto, sem medo de apanhar de um louco que não teve afeto nos seus espaços de vida. Fazemos essa pequena reflexão, até para que possamos nos dar conta de que feminino ou masculino pouco importa, se a coisa está ali e existe amor.
O SOL, que todo dia vemos no céu! Sol é masculino. Mas na verdade o sol é uma ESTRELA. Estrela é substantivo feminino. A LUA, que aprendemos a visitar à noite... Lua é feminino. Mas a lua é um...SATÉLITE da terra. Satélite é substantivo masculino. Observemos então, só porque alguém é masculino com nome feminino, ou vice-versa, não deixaremos de gostar, não deixaremos de utilizar, não deixaremos de apreciar e olhar. O animus de um pode estar emprenhado de dois. “Todos os homens são dois homens; um está acordado na escuridão e outro está dormindo na luz”, escreveu o filósofo e poeta libanês Kahlil Gibran.
Sejamos como o céu, que a todos acolhe sem distinção, até mesmos os aviões (masculino) mas que ao mesmo tempo é uma aeronave (feminino), ou a pandorga que as vezes é o papagaio, ou do vento que as vezes é a brisa. O seu João é uma pessoa, e a dona Maria é um ser humano.
Pensando assim, podemos concluir que, mais vale a pena buscar a igualdade das pessoas, para construir uma sociedade plena de justiça! E isso não está relacionado a escolha de gênero ou opção de vida, mas a conduta de cada qual, buscando o aprimoramento entre todos.